Offline é o novo luxo.
Outro dia, depois de uma maratona de trabalho, decidi desconectar para descansar a cabeça. Parece simples, né? Fechei o computador, peguei o celular… e o scroll começou. Fake news, anúncios, memes, retrospectivas do ano. Uma avalanche de estímulos que só reforçou o “brain rot” — a palavra do ano no dicionário Oxford.
Aí pensei: “Talvez sair de casa ajude”. Mas, para onde quer que eu olhasse, lá estavam elas: as marcas. No vagão do metrô, no relógio da rua, na fachada das lojas, na academia, nos banheiros, até no cardápio do restaurante que só abria pelo QR code. Mesmo em casa, enquanto tentava relaxar, os anúncios estavam lá. Antes de começar minha série conforto, no meio do vídeo no YouTube, até no aplicativo de delivery.
Chega uma hora em que parece que não há escapatória.
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O espaço público, o privado e o publicitário se misturaram de vez. O que antes era um intervalo entre estímulos virou uma maratona sem fim. E quem consegue fugir disso? Só quem pode pagar por uma assinatura premium, circular de carro próprio ou se isolar em um refúgio remoto. Para o resto, é anúncio por todos os lados.
“Offline é o novo luxo.” Uma frase que antes parecia exagerada agora faz todo sentido.
E aí surge a pergunta: em um mundo tão saturado, como as marcas conseguem ser realmente relevantes? Será que elas precisam estar em todo lugar, o tempo todo? Ou será que o verdadeiro diferencial está em criar conexões reais, respeitando os espaços que ocupam?
Ser visto é essencial, mas existe uma linha tênue entre ser percebido e ser um incômodo. É a diferença entre uma marca que você busca porque faz sentido e outra que você quer evitar porque aparece demais. Ninguém gosta de interrupções, especialmente em momentos de lazer.
A questão é encontrar maneiras de ser lembrado sem ser invasivo. E como já falamos algumas vezes, isso significa conhecer profundamente o público, entender onde ele está e como prefere consumir informações. É sobre estar presente nos lugares e momentos certos, não em todos os lugares o tempo todo. Quando a marca respeita o espaço do cliente, a interação deixa de ser um ruído e se transforma em valor.
Marcas que entendem isso constroem relacionamentos de longo prazo. Elas criam pontos de contato que se conectam com as necessidades do público, sem gritar ou forçar a atenção. É sobre ser relevante e útil, não insistente. Como diz o princípio mais clássico do marketing: não basta ser bom, é preciso ser desejado.
Então, fica a pergunta: como sua marca está sendo vista? Ela é uma presença bem-vinda ou mais um estímulo que as pessoas tentam evitar?
Ser relevante não é sobre ocupar todos os espaços, mas sim sobre escolher os certos. É uma questão de percepção e estratégia. Se você quiser ajustar o foco da sua marca, já sabe onde me encontrar.
Branding quote
"Uma marca é o que as pessoas dizem sobre você quando você não está na sala."
- Jeff Bezos
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Porta dos Fundos e Dráuzio Varella em uma série de diálogos e comentários que poderiam ter saído de qualquer sala de reunião. E tem conscientização também.
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Ótima semana.